As 10 leis do bom alimento

Manuela Ibi Nutrição Integrada Clínica Lis Botucatu

1 – Integral

    É o alimento inteiro, com todas as suas partes – fibras, farelos e polpas – mais próximo de sua origem natural. É o mais perecível, mas possui mais nutrientes e energia vital. O processo de refino foi criado para aumentar a durabilidade dos alimentos NAS PRATELEIRAS DOS SUPERMERCADOS, e nesse processo muitos nutrientes são perdidos. Depois do refino, a indústria acrescenta vitaminas, ferro e sais minerais sintetizados, mas isso não traz de volta o que foi refinado. Pior: por serem artificiais, essas substâncias não são absorvidas pelo organismo como se fossem naturais. A ideia, então, é ingerir os alimentos na forma em que são oferecidos pela natureza, ou seja, vegetais e frutas no lugar de sucos e pílulas de vitaminas.

2 – Real

    Alimentos reais são aqueles cuja origem está na natureza. Tomemos o caso da manteiga: durante muito tempo foi considerada uma vilã da saúde, hoje sabemos que não faz mal. Quando decompomos a manteiga, reconhecemos imediatamente seus componentes. Sua origem é simples e natural, e ela pode ser feita em casa. Do outro lado temos a margarina, um produto totalmente sintetizado, com desconhecidos processos de produção e sua composição se assemelha à de matéria plástica. Recomendo evitar os seguintes alimentos: margarinas, refrigerantes, mortadelas, salsichas  e embutidos em geral, maionese, sobremesas e caldos industrializados, macarrão instantâneo, sopas de pacote e biscoitos recheados, alimentos em embalagem tetra pak, enlatados, congelados industrializados e alimentos com aditivos, corantes e conservantes.

3 – Local

    Alimentos cultivados e criados em nosso entorno. Ao consumirmos alimentos da região onde vivemos, estabelecemos uma conexão saudável e energizada com o meio ambiente e o clima do lugar. Além disso, o alimento local é mais barato e nutritivo, uma vez que é colhido mais maduro e não perde nutrientes em longas viagens. Com a globalização fica cada vez mais difícil saber de onde veio o alimento que está à mesa. Nada contra consumir peixes amazônicos, por exemplo, mas se a pessoa mora no sul do país, a distância que a separa deles faz da pescada branca e do linguado opções muito melhores.

4 – Sazonal


    Ao escolher frutas, legumes e verduras da estação, consumimos o alimento em sua melhor fase. Alimentar-se de acordo com as estações significa guiar-se pela sabedoria da natureza. Significa também usar o dinheiro com inteligência, já que os alimentos da estação são mais baratos.

5 – Fresco

    Para manter uma alimentação equilibrada, recomenda-se ingerir no mínimo 30% de alimentos crus e frescos diariamente, que conservam sua energia, suas enzimas, suas vitaminas e seus minerais como nenhum outro. Há também a clorofila, essencial para a vitalidade do organismo. O resultado deste consumo se mostra na cor da pele, no brilho dos cabelos, na força das unhas, no viço dos olhos e até mesmo no bom humor. Nosso organismo fica mais fortalecido e nosso sistema imunológico atento para evitar entrada de bactérias, vírus e doenças oportunistas.

6 – Livre de modificações genéticas


    Todo ou qualquer alimento geneticamente modificado pode gerar consequências negativas para a saúde humana. Ainda não houve tempo pra ciência mensurar esses efeitos para o homem e o meio ambiente.

7 – Em Harmonia com a tradição

    Devemos procurar os alimentos de acordo com as tradições culinárias do lugar onde vivemos. É o conceito da ANCESTRALIDADE. Temos em nosso DNA o conhecimento intrínseco de quais os alimentos melhores para nós. Por exemplo, o leite é inadequado para os japoneses, criados com a cultura da soja e seus derivados, e não com o costume de queijos de origem animal, como os europeus, para os brasileiros, os melhores alimentos são mandiocas, cará, inhame e abóbora, consumidos pelos antepassados.

8 – Sustentável

    É aquele alimento que faz bem aos produtos, ao vendedor e ao consumidor. É aquele em cuja produção não existe desperdício de energia e de água, sofrimento de animais, desmatamento de florestas e prejuízo ao meio ambiente.

9 – Equilibrado

    Apresenta todas as partes em proporções corretas, como planejado pela natureza. Alimento desequilibrado é aquele cujas partes foram substituídas por artificiais, com light ou diet. Quando a gordura, por exemplo, é retirada e substituída por espessantes, adoçantes, gomas e outros produtos artificiais, o resultado é um alimento sem nutrientes e sabor.

10 – Orgânico

    É todo alimento não modificado geneticamente, produzido sem agrotóxicos, sem adubo químico, sem antibióticos sem hormônios. Ele preserva a vitalidade da natureza, é bom para o homem e para o planeta.